Cientistas registraram no mês passado as primeira imagens e sons da biodiversidade amazônica captados por uma rede de câmeras e microfones escondidos na selva da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, a 600 quilômetros de Manaus. “A ideia surgiu de uma problemática que enfrentamos na Amazônia há muito tempo”, diz o pesquisador Emiliano Ramalho, do Instituto Mamirauá, que coordena o projeto. “A parte de transmissão dos dados ainda é um desafio, mas de uma forma geral o sistema está funcionando muito bem”, relata Ramalho. “É uma proposta sensacional”, diz o pesquisador Carlos Joly, especialista em biodiversidade da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e coordenador da Plataforma Brasileira de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (BPBES). Se funcionar em Mamirauá, diz Joly, a tecnologia poderá ser útil não só no resto da Amazônia como nos outros biomas brasileiros.
Source: O Estado de S. Paulo May 01, 2018 06:00 UTC