A ideia de transferir o ensino público para o setor privado gera de imediato uma resposta contrária e aparentemente óbvia: a de que sem escolas e universidades públicas, “gratuitas”, os pobres ficariam sem educação. Assim, o ensino público é promovido como uma questão de democracia e justiça, ficando o particular reservado às classes média e alta. Mais: ninguém respeita países mal organizados, de modo que a eficiência do nosso sistema educacional diz respeito, também, à projeção do País no decorrer do tempo. Sim, selvagem e cruel, mas prova de que nada é de graça e de que a ineficiência de qualquer sistema gera externalidades. Portanto, pode-se esperar que a transferência do ensino público brasileiro para o setor privado produza semelhante redução de custos e aumento de produtividade.

Source: O Estado de S. Paulo June 10, 2019 06:00 UTC