E o Estado, por cansaço, covardia ou conveniência, aceitou ser governado pelo crime que deveria reprimir. A crítica à trégua com o crime não é - nem pode ser - um apelo ao populismo penal ou à barbárie punitivista. E por isso mesmo exige que o Estado combata o crime com as armas da legalidade, da inteligência institucional e da justiça material. Tem que ser a voz da legalidade e da ordem democrática, justamente quando ela está em risco. Governo que produz crime, crime que produz governo: o dispositivo de estão do homicídio em São Paulo (1992 - 2011).

Source: O Globo May 21, 2025 13:49 UTC