De fato, a abordagem é muito mais precisa do que qualquer sistema anterior de edição do genoma. Mirar com exatidão no trecho de DNA que se deseja alterar é basicamente questão de escolher o “texto” certo das letras químicas que compõem o genoma. Apesar de todas essas limitações, faz bastante sentido a esperança de que a Crispr se torne uma arma contra as doenças herdadas que o comitê do Nobel mencionou. Existe uma imensa variedade de problemas de saúde de origem genética, muitas vezes causados pela alteração de um único trecho de DNA. Isso, é claro, partindo do princípio de que sabemos com algum grau de precisão o efeito de cada um desses genes, o que ainda está longe de acontecer.
Source: Folha de S.Paulo October 07, 2020 17:48 UTC