Apresentado à Justiça na última sexta-feira, o plano de recuperação judicial da Avianca é tido, por advogados envolvidos na disputa, como frágil, vago e de difícil aprovação. A proposta da companhia aérea é criar uma “Unidade Produtiva Isolada” – espécie de empresa que ficaria com os direitos de pousos e decolagens (slots, no jargão do setor) da Avianca, além dos aviões arrendados – e leiloá-la. O problema do plano da Avianca é que os slots, bastante disputados pelas companhias aéreas principalmente em aeroportos saturados como o de Congonhas, não são uma propriedade das empresas. O advogado Gledson Campos, do escritório Trench Rossi Watanabe, diz que o plano é desvantajoso para credores e, como está, não deverá ser aprovado. Para ele, a proposta de criar uma UPI sem dinheiro da Avianca não dá segurança a credores.

Source: O Estado de S. Paulo February 05, 2019 06:00 UTC