Em relação a Emílio Odebrecht, patriarca e também delator, consta quantia mensal maior, de R$ 115 mil, por um período de 48 meses. A defesa de Lula aproveita esses detalhes dos documentos para fazer uma série de críticas a voluntariedade da colaboração desses delatores, fator primordial para a regularidade de um acordo desse tipo. "Todos aqueles que fecharam acordos de delações sob a coordenação da Odebrecht —que ditava os respectivos conteúdos— foram regiamente remunerados. No processo do terreno do Instituto Lula, há outro delator da Odebrecht que é réu, o ex-executivo Paulo Melo. Procurada pela Folha, a Odebrecht afirmou que a colaboração de executivos e ex-executivos foi feita de forma voluntária, "com assessoramento de advogados externos individualmente escolhidos por cada colaborador, e com depoimentos prestados diretamente ao Ministério Público".
Source: Folha de S.Paulo July 23, 2020 15:22 UTC