BrasíliaUm dos personagens envolvidos na complexa logística do aborto da menina de 10 anos, o secretário estadual da Saúde do Espírito Santo, Nésio Fernandes, 38, afirma que a criança teve de passar por cima do conselho tutelar e de profissionais de saúde para conseguir ter sua decisão respeitada. “Recebi a avaliação do obstetra do município dizendo que a criança tem pelve de 13 anos e que, por isso, podia parir. Tanto no conselho tutelar quanto na abordagem do serviço de saúde municipal, o relato é que algumas pessoas desencorajaram o aborto. Eles lidam com prevenção da violência e educação sexual de maneira mais adequada também. A política pública foi se deteriorando ao longo dos anos e não conseguiu alcançar um ponto de maturidade assistencial para garantir o acesso ao abortamento legal ou à antecipação de parto.
Source: Folha de S.Paulo August 23, 2020 21:29 UTC