Em um país cada vez mais fraturado, é a própria gramática da convivência que se esvai. Está nas redes sociais, nas disputas partidárias, nos espaços de trabalho, nas famílias, nos encontros cotidianos. Além de método e instrumento de poder, governos, empresas e sociedade civil valem-se do ruído como disfarce para a ausência de direção. É justamente isso que se enfraquece quando o ruído deixa de ser circunstância e se converte em forma de vida. E, se não formos capazes de compreender como esse ruído é produzido, amplificado e explorado, não será apenas a democracia que sofrerá desgaste.
Source: Folha de S.Paulo December 28, 2025 16:12 UTC