Eu só havia sido convidada a ir ao país em razão da guerra, para discutir política e autoritarismo. Demorei dois dias e meio para chegar à Ucrânia, viajando de São Paulo, e o mesmo tempo para retornar. Enquanto Odessa guarda os trejeitos das cidades menores, silêncios gelados de janeiro e vielinhas de paralelepípedos — muito embora seja a terceira cidade mais populosa da Ucrânia –, Kiev escancara o oposto. Traçar paralelos perfeitos entre outsiders magnatas da política ocidental e o presidente da Ucrânia Volodymyr Zelensky não dá muito certo. A maioria dos soldados russos são mercenários, ou seja, contratados para a guerra ao se apresentarem voluntariamente.
Source: Folha de S.Paulo October 16, 2024 02:50 UTC