Este reconhecimento vem em um momento de reflexão sobre a fragilidade da democracia brasileira, marcada pelos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023, que expõem a persistente polarização política no país e a negação de acontecimentos históricos. Segundo Abreu, ao abordar a ditadura militar por meio da arte, a obra permite um debate mais acessível e significativo sobre os traumas desse período. A historiadora Renata Melo, por sua vez, observa que a negação dos eventos da ditadura ainda persiste em uma parcela da população, evidenciada por ações como os atos golpistas de 2023. Segundo Ribeiro, a arte tem um papel fundamental em transformar a história em uma experiência emocional, alcançando um público mais amplo e permitindo um entendimento mais profundo das consequências da ditadura. A obra oferece um ponto de partida para o debate sobre memória, verdade e justiça, temas essenciais para o fortalecimento da democracia brasileira.
Source: O Globo January 18, 2025 07:05 UTC