Comparta este artículoUma decisão tomada pela Justiça do Rio Grande do Sul, anunciada neste sábado (11), determinou que a Meta, plataforma de tecnologia que opera o Facebook e o Instagram, além do aplicativo de mensagens WhatsApp, retire em 24 horas conteúdos falsos relacionados às enchentes no estado, publicadas nessas redes sociais por Dilson Alves da Silva Neto, conhecido como Nego Di, uma subcelebridade da bolha digital que vem tumultuando as operações de resgate e salvamento realizadas pelo poder público. Alinhado à extrema direita em suas atitudes e com comportamento impertinente, ele faz postagens incessantes recheadas de informações falsas e ataques políticos desde o início da catástrofe desencadeada pelas chuvas e cheias na região. O pedido foi feito pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul, que há alguns dias ajuizou uma Ação Civil Pública para que as fakes news do rapaz fossem excluídas da internet, o que foi acatado pela juíza Fernanda Ajnhorno, que afirmou em seu despacho que “a disseminação de informações inverídicas, sem embasamento na realidade sobre a atuação estatal, atrapalham o delicado trabalho de socorro, gerando incerteza e insegurança à população, com potencial de desestimular a ajuda da sociedade civil”. Nego Di, que o tempo todo posta vídeos inflamados falando cobras e lagartos, sempre atacando e culpando os governos estadual e federal, que são de campos ideológicos diferentes daqueles afeitos a ele, embora a subcelebridade afirme não advogar em nome de nenhuma corrente política, chegou a dizer que a Brigada Militar gaúcha impediu o uso de embarcações em algumas regiões. Já prevendo que terá suas mentiras removidas, Nego Di conclamou seus mais de 10 milhões de “seguidores” a irem para seu perfil no X (antigo Twitter), a rede social do bilionário Elon Musk, adepto da extrema direita admirado pelos bolsonaristas, que se nega a moderar sua plataforma, permitindo abertamente mentiras deslavadas, insultos, discursos de ódio e ameaças.
Source: O Estado de S. Paulo May 12, 2024 11:56 UTC