Por melhores que sejam suas lentes e tecnologias, eles não podem revelar nada menor do que os comprimentos de onda da luz visível, entre 380 e 740 nanômetros (milionésimos de milímetro). E como os elétrons podem ter comprimentos de onda até 100 mil vezes menores que os da luz, eles podem mostrar estruturas também muito menores. Além disso, os potentes feixes de elétrons que iluminam as amostras também as destroem, impedindo a observação de organismos vivos. Foi graças ao trabalho dos três, por exemplo, que em abril do ano passado cientistas divulgaram a estrutura do vírus da zika em nível atômico. Então, para criar medicamentos que interfiram neste processo, temos que saber qual a forma destas estruturas, destes encaixes.

Source: O Globo October 05, 2017 07:30 UTC