Em 2017, o tema de Blade Runner – 2049 é, como no título da obra do filósofo Henri Bergson (1859-1941), a memória e a matéria. A identidade de K – aquilo que torna o que ele acha, então, que é – se faz da lembrança do cavalinho. Numa belíssima sequência, Joi vai se atualizar no corpo da da também linda replicante Mariette (Mackenzie Davis). Para o filósofo, a memória (que é espírito, que é alma) não se conserva no cérebro. Procede-se como se as lembranças tivessem de se conservar em alguma parte, como se o cérebro, por exemplo, fosse capaz de conservá-las.
Source: O Estado de S. Paulo October 13, 2017 19:10 UTC