Eu não sou fã de Beyoncé, apesar de respeitar tudo o que ela representa. Não é uma questão do que eu gosto ou deixo de gostar, é uma questão de honestidade no debate. É uma comparação tão esdrúxula que a única resposta possível foi: “Mais Rosa Luxemburgo e menos Madonna”. Em relação ao artigo de Lilia Schwarcz, publicado na Folha sobre o álbum “Black Is King”, sob o título “Filme de Beyoncé erra ao glamorizar negritude com estampa de oncinha”, há muitas considerações a se fazer. Entendendo lugar de fala como lugar social, li artigos de estudiosas africanas sobre o clipe, como as críticas apresentadas pela nigeriana Boluwatife Akinro, mestranda em estudos americanos na Universidade de Padeborn, na Alemanha.
Source: Folha de S.Paulo August 06, 2020 16:30 UTC