Um dos maiores riscos é a viralização de informações falsas, a chamada “infodemia” de desinformação. Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Cornell quantificou as fontes e temas na “infodemia” de covid-19, e tem particular interesse por ser o primeiro a buscar uma análise abrangente da desinformação causada pela mídia profissional – foram examinados 38 milhões de artigos em inglês entre janeiro e maio – e pela influência de autoridades públicas. O fenômeno da desinformação é vastamente associado às mídias sociais, despertando apelos à regulação do conteúdo circulado. “O presidente dos EUA foi provavelmente o maior vetor da ‘infodemia’ de desinformação da covid-19”, concluem os pesquisadores. O que o estudo da Cornell revela é que, na era das redes sociais, o papel da mídia profissional e das autoridades públicas é bem maior do que se supõe.
Source: O Estado de S. Paulo October 06, 2020 06:00 UTC