A crítica do sujeito de Anselm Jappe pode servir de base teórica para auxiliar a compreensão do fenômeno. Para Jappe a sociedade capitalista, a partir do movimento desmesurado de valorização do valor, conduz-se a uma situação de frágil equilíbrio e autodestruição, cujo exemplo mais atual é a questão ambiental (Jappe, 2021, p. 15). O trabalho abstrato é a base para a valorização do valor, sob o qual as particularidades e a concretude do trabalho são reduzidas “a um simples gasto de energia humana” (Jappe, 2021, p. 160). Pode-se dizer que a crítica do sujeito de a subjetividade de certa forma enfraquecida Jappe de certa forma foi iluminada pelo aparato teórico desenvolvido por Guy Debord. Essa impressão em nada se deve a uma falha individual ou a uma culpável “incapacidade de a pessoa se adaptar a uma sociedade que muda” (Jappe, 2021, p. 270).
Source: Folha de S.Paulo November 17, 2024 16:20 UTC