26/12/2023 - 10:53RedaçãoOs desdobramentos recentes nas ações de cassação de Sergio Moro, que tramitam no TRE do Paraná, transformaram as projeções de quadros do PL e do PT, autores dos pedidos, sobre desfechos possíveis.Se antes existia receio quanto a um eventual corporativismo do MP e do Judiciário paranaense com o ex-juiz, agora, passados os depoimentos e o parecer da promotoria contra Moro, o jogo virou. Nas defesas das duas siglas, já há quem acredite na derrota do senador no próprio estado, antes do TSE.Pesou para a mudança de percepção a atuação do relator Luciano Carrasco Falavinha, recém-chegado aos casos. Ele fez questão de ouvir Moro, mesmo após os partidos ensaiarem desistir da oitiva. E questionou com firmeza o milhão cobrado pelo suplente, Luis Felipe Cunha, para trabalhar como advogado de Moro e de outros filiados do União Brasil — o magistrado disse ao parlamentar que o valor “é alto” e supera o de cobranças feitas na advocacia por ministros aposentados do Supremo.Também contribuiu para a suposta “mudança de ventos”, além da posição da promotoria, o fato dela ter sido assinado tanto por Marcelo Godoy, chefe do MP Eleitoral desde novembro, quanto por Eloísa Machado, substituta do órgão. O duplo endosso resultou em otimismo.