As recentes operações contra o Primeiro Comando da Capital (PCC) revelaram a impressionante capilaridade da facção criminosa, que há anos extrapolou os limites do tráfico de drogas para infiltrar-se em diversos setores da economia formal. Em entrevista ao jornal O Globo, o promotor de Justiça Lincoln Gakiya, do MP-SP, destacou a dimensão desse avanço: “É mais fácil dizer em qual ramo da economia o PCC não está”. O novo enquadramento das fintechs como instituições financeiras pela Receita Federal foi classificado por Gakiya como fundamental para fechar brechas exploradas pelo crime. Reportagens também revelaram que o PCC mantém forte presença no setor de combustíveis, utilizando distribuidoras e postos como fachada para movimentar grandes valores. O combate ao PCC não é apenas uma questão de segurança pública: tornou-se também um desafio de regulação, governança e proteção à economia nacional.