A guerra nos bastidores que levou à suspensão do julgamento de cassação de Castro

Os dias anteriores tinham sido marcados por conversas duras, “climão” entre ministros e uma guerra de lobbies que pavimentaram o caminho da suspensão. “Isso é preocupante”, afirmou um ministro do TSE ao blog, que considerou “muito ruim” o agendamento logo após a operação policial no Rio. A relatora então sugeriu duas possibilidades: simplesmente adiar o início do julgamento ou suspendê-lo após a leitura do voto, já que Gallotti deixa o TSE no próximo dia 21, quando termina o seu mandato. A solução proposta por Antonio Carlos permitiu a Gallotti ler o voto – que foi duro, pela cassação de Castro e Bacellar e a declaração de inelegibilidade dos dois — e ainda favoreceu a estratégia das defesas. Ao longo dos dois dias de intensa peregrinação por gabinetes e conversas de pé de ouvido, todos foram informados de que prevaleceria a suspensão do julgamento, que a questão de ordem seria descartada e que nenhum ministro anteciparia o voto.